Com o projeto “Planeta Água é Aqui! Cultura Amazônica Paraense: expressão da Cultura Oceânica”, a Universidade Federal do Pará (UFPA) será protagonista na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), promovida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A proposta destaca a conexão entre os rios amazônicos, os ecossistemas costeiros e o oceano, valorizando os saberes das populações tradicionais do estado do Pará.
Além de divulgar ciência, o projeto antecipa os debates da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém em novembro de 2025. As atividades, que integram a agenda do Movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30, incluem oficinas, exposições, rodas de conversa e outras ações voltadas à sensibilização ambiental, principalmente em territórios historicamente pouco alcançados por iniciativas científicas.
Além disso, a proposta reforça o papel do Pará como referência na articulação entre ciência, cultura e meio ambiente, promovendo o protagonismo das comunidades amazônicas frente aos desafios climáticos globais.
O tema da SNCT 2025 é “Planeta Água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, e é especialmente estratégico para a região amazônica, que abriga a maior bacia hidrográfica do mundo.
Proposta – O objetivo do projeto é popularizar e comunicar ciência por meio de atividades interativas, culturais e educativas em escolas e comunidades, reforçando a importância da água na identidade, economia e sustentabilidade da Amazônia.
A aprovação da proposta representa o reconhecimento institucional da UFPA, que completa 68 anos em 2025, como uma das maiores e mais relevantes instituições de ensino superior da Amazônia. Com quase 50 mil alunos na graduação e mais de 10 mil na pós-graduação, atua em 11 campi no interior do estado e lidera ações de educação, pesquisa e extensão voltadas ao desenvolvimento regional.
O projeto conta com a colaboração de diversas instituições parceiras, como o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), Universidade do Estado do Pará (UEPA), as universidades federais do Oeste do Pará (UFOPA), Rural da Amazônia (UFRA), além da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC/PA), Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (SEMAS/PA), e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Atividades – Estão previstas ações educativas extramuros com impactos de médio a longo prazos, principalmente em escolas públicas e comunidades ribeirinhas do Pará, e assim, alcançando também as famílias e fortalecendo o vínculo entre ciência e sociedade.
Os conteúdos e metodologias desenvolvidos, como jogos educativos e sequências didáticas, serão disponibilizados no site e nas redes sociais da proposta, ampliando o acesso ao conhecimento produzido. A ideia é também integrar comunidades historicamente excluídas do debate científico, devido a fatores como isolamento geográfico e vulnerabilidade social.
Com forte atuação de pesquisadores especializados em divulgação científica, as ações pretendem gerar impactos educacionais, sociais, ambientais e culturais. Os principais resultados esperados incluem o fortalecimento da Cultura Oceânica, qualificação do ensino de ciências, valorização dos saberes locais, incentivo à sustentabilidade e aproximação entre universidades, escolas e comunidades por meio de uma ciência acessível, inclusiva e socialmente engajada.