Ciência, Amazônia e oceano em destaque na SNCT em Brasília

A quinta-feira (23) foi movimentada na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília. Entre estandes, apresentações e atividades culturais, o evento reafirmou seu papel como vitrine da produção científica brasileira e espaço de diálogo entre educação, arte e sociedade.

No Pavilhão principal, a Feira de Ciência e Tecnologia reuniu projetos de todo o país, com destaque para o estande da Universidade Federal do Pará (UFPA), que levou à capital federal a força da pesquisa e da  comunicação da ciência amazônica. A gravação de podcasts foi o destaque, com vários convidados. 

A pesquisadora Silvana Calado, do Conselho Federal de Química, falou sobre desinformação científica, discutindo como ela se espalha e quais estratégias podem ser adotadas para enfrentá-la nas escolas e nas redes. Já a pesquisadora Ana Carolina dos Santos Marques (UnB) abordou o tema do racismo climático, explicando como os impactos ambientais e as mudanças do clima atingem de forma desigual populações negras e periféricas. Tivemos ainda um debate importante sobre ciência e arte com a participação de Leila Freire e Jocemar Chagas, do Grupo de Teatro Científico da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). 

Destaques da programação – A programação do dia também contou com uma mostra especial do Circuito de Ciências de Escolas Públicas do Distrito Federal, reunindo estudantes do ensino fundamental. Um dos momentos mais emocionantes da manhã foi a sessão de autógrafos do jovem Marcelo Augusto, estudante da Escola Professora Antônia Coelho de Lucena, em Boa Vista (RR), vencedor do Concurso de Desenhos da SNCT. A professora Luciene Moreira Silva, orientadora do estudante, destacou a importância de abrir espaços e oportunidades para que todos possam expressar seu talento.

O Estande Pop Ciência foi palco de apresentações teatrais que uniram arte e divulgação científica. A peça Coração em Chagas, apresentada por dois grupos: o Teatro Científico da UEPG e o Coletivo Neperfekta. Eles emocionaram o público ao abordar a história da ciência e a trajetória de Carlos Chagas. Mais tarde, o mesmo coletivo encenou O Conto das Contas, espetáculo voltado ao público infantojuvenil, que usa humor e fantasia para falar de matemática e curiosidade científica.

Com uma programação que vai da educação básica à produção audiovisual, a SNCT mostrou, mais uma vez, que ciência é encontro entre saberes, territórios e pessoas. E o Pará, com sua presença vibrante e crítica, lembrou que pensar o futuro do planeta passa, necessariamente, pela Amazônia.

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